Cachaça de Itupeva é eleita uma das melhores do mundo

Cachaça de Itupeva é eleita uma das melhores do mundo

Uma das melhores cachaças do mundo é feita em Itupeva! Isso foi o que disse o Concurso Mundial de Bruxelas – Edição Brasil 2018, que elegeu a cachaça de carvalho, da marca ‘Cachaça Itupeva’, feita pela Alambique JP, entre as 10% melhores do mundo, com medalha de ouro. Mais de 300 cachaças foram avaliadas.

No ano passado, outra cachaça da marca foi eleita com duplo ouro, não apenas entre as 10% melhores, mas entre as 10 melhores de todas as participantes. A premiada do último ano foi a de umburana e deste ano foi a de carvalho, ambas cachaças ‘premium’, produzidas de forma diferenciada.

O Tribuna de Jundiaí conversou com o responsável pelo engenho que produz a cachaça, Danilo Tonoli, que garantiu ser um orgulho ver esse resultado conquistado pela marca, ainda mais pela história do local, já que tudo começou com seu avô.

“O engenho foi montado em 1890, mas não era da família. Em 1925 o pai do meu vô comprou a fazenda. Em 1948, meu avô e três irmãos tiveram a ideia de produzir cachaça. O forte dele era a ‘branquinha’, sendo que foi ele quem produziu a marca mais famosa na região, a Cachaça Japi, que já chegou a ser a mais consumida de Jundiaí ”, contou.

No entanto, mesmo com tanta tradição, surgiu a ideia de produzir sabores ‘premium’, como é o caso das que ganharam a eleição, como uma forma de aprimorar o trabalho feito pelo seu avô nas últimas décadas.

“A diferença dela para a tradicional é que eu reprocesso ela. A cachaça boa é só o coração. Essa eu reprocesso, ela é bidestilada, como o ‘coração do coração’, é a mais pura que eu tenho. E a gente ainda envelhece no carvalho, ela ficou dois anos no barril de carvalho europeu”, continuou.

Mas não são só as cachaças reprocessadas que ganham prêmios: no ano passado, a tradicional Japi foi eleita a melhor cachaça branca de todo o estado de São Paulo. Agora, em comemoração aos 70 anos do local, a ‘branquinha’ vai ganhar uma edição especial.

“Lançaremos a Japi Carvalho, que é envelhecida em carvalho americano de primeiro uso. Os carvalhos que usamos é de uísque europeu, já usadas. Essa da edição especial são americanas, zero bala, os mesmos barris usados para produzir Jack Daniels”.

Sobre os prêmios e o reconhecimento, Danilo diz que não há sensação de dever cumprido maior. “É uma prova de que estamos trabalhando no caminho certo. É muito gratificante ter esse retorno do nosso serviço”, finalizou.

O Mundial de Bruxelas é uma competição tradicional que começou incialmente na Bélgica, avaliando vinhos. Hoje está presente em vários países, avaliando por meio de especialistas outras bebidas. No Brasil a bebida avaliada não poderia ser outra: é a cachaça. E, é claro, nossa região nos representa com primazia!

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