Moradores evitam corte de jequitibá cinquentenário no Santa Gertrudes

Moradores evitam corte de jequitibá cinquentenário no Santa Gertrudes

O morador do Jardim Santa Gertrudes, Luis Antonio Pimenta, denunciou ao Tribuna de Jundiaí o que, segundo ele, poderia ser considerado um crime ambiental. Em frente à sua chácara, na rua Ângelo Bardi, no Jardim Santa Gertrudes, em Jundiaí, o proprietário de um terreno onde está um jequitibá de mais de 50 anos estaria disposto a cortar a árvore.

Aliado a outros vizinhos, ele relata que conseguiu evitar, pelo menos por enquanto, o corte completo do tronco, mesmo após a chegada de uma empresa de jardinagem ao local, no último dia 2 de setembro (sábado). “Vieram três pessoas dizendo que tinham ordem para cortar esta árvore.

Árvore de mais de 50 anos antes de ser podada

Questionei, pois já tentaram outras vezes e estavam aqui de forma irregular”, conta. “Impedi junto com outros moradores e até hoje ninguém voltou. Mesmo assim, conseguiram cortar a copa da árvore”, lamentou.

De acordo com Pimenta, a árvore “não está atrapalhando em nada” e “não oferece risco a ninguém”. “Ficamos sabendo que o dono do terreno quer cortar a árvore para fazer bancos e vender parte da madeira”, explicou, contrariado.

Segundo ele, aves como tucanos apareciam com frequência no local antes do corte da copa do jequitibá. Ele cedeu à reportagem diversas fotos que comprovam que a árvore serve como roteiro das idas-e-vindas dos pássaros silvestres. “Com a ajuda de todos ainda verei essas aves de volta neste jequitibá”, almeja. 

Tucanos eram vistos com frequencia na copa da árvore

Não comprar móveis sem certificação

Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), há diferentes estados de conservação para considerar uma espécie ameaçada de extinção: vulnerável, rara e em perigo. Árvores como pau-brasil, jequitibá, sapucaia, mogno, jatobá, jacarandá, imbuia, araucária, entre outros, estão nessa lista, dentro de uma das três classificações.
A primeira iniciativa para quem quer contribuir na preservação dessas espécies é não comprar móveis feitos de madeira extraída dessas árvores. Nas lojas, é preciso pedir a certificação da madeira para o vendedor. Ele é obrigado a fornecer. Se não tiver, não compre, pois não é possível saber a origem, que provavelmente é de desmatamento.

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