Uma publicação no Facebook, nesta quarta-feira (17), viralizou entre os internautas de Jundiaí. Nela, Noelle Nolys denuncia o uso de pipas com cerol (linha cortante) no Parque da Cidade, fato que resultou em um corte no pescoço de sua sobrinha de 3 anos. “O que era para ser uma tarde de diversão, quase virou uma tragédia”, diz o post. Em nota, a DAE, que administra o parque, diz que há fiscalização contra o uso do cerol no local.
Noelle, em sua publicação que já tem mais de 600 compartilhamentos, conta que não chegou a ficar nem 15 minutos no parque. “Tinha apenas nós e mais quatro garotos no local destinado às pipas, porém um desses garotos, de 14 anos, estava com linha inadequada e ao puxar a mesma feriu o pescoço da minha sobrinha”, diz o post.
O Tribuna de Jundiaí entrou em contato com Noelle, que informou que um Boletim de Ocorrência foi elaborado. “A mãe do adolescente foi na delegacia também. Foi aberto um processo e ele vai ser chamado no Fórum”, contou.
O cerol ficou recolhido com a Polícia Militar. No Estado de São Paulo há duas leis que tratam sobre o uso do cerol. A primeira, a Lei 10.017 de 1998, proíbe a fabricação e comercialização de linhas com cerol, cuja infração é sujeita a advertência e fechamento do estabelecimento que vender o produto; bem como a Lei 12.192 de 2006, que proíbe o uso de cerol ou de qualquer produto semelhante que possa ser aplicado em linhas de pipa, com infração sujeita a multa.
No entanto, Noelle afirma que é preciso apertar a fiscalização. “Quando alguém reclama, eles (vigias do parque) só recolhem. Mas eles disseram que não têm autoridade para revistar. Eles me informaram que essa foi a primeira vez que isso aconteceu”, afirmou.
A criança, de 3 anos, passa bem. O corte foi superficial e só precisou de antisséptico para limpeza no local.
Nota da DAE
Em nota, a DAE diz que lamenta o ocorrido e que há sim fiscalização no local. Confira:
"A DAE Jundiaí lamenta o incidente ocorrido com uma criança, nessa quarta-feira (17), no Parque da Cidade e informa que a empresa está em contato com a família para prestar a assistência necessária.
A DAE informa, ainda, que os vigilantes realizam constantes vistorias nas pipas para verificar a presença de linhas com materiais cortantes no Parque."
