Tema polêmico em Jundiaí, fogos causam 3 vezes mais acidentes nesta época do ano

Tema polêmico em Jundiaí, fogos causam 3 vezes mais acidentes nesta época do ano

As festas juninas tiveram origem na Europa como forma de comemorar a fertilidade da terra e a colheita. No Brasil, comemorada inicialmente no dia 24 de junho, dia de São João, os festejos incorporaram, além das comidas típicas, os fogos de artifício, trazidos pelos chineses.

Apesar de tradicionais, o uso de fogos pode ser muito perigoso. Levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) aponta que os acidentes com fogos de artifício triplicam nos meses de junho e julho. Além dos traumas ortopédicos, também são registradas queimaduras, comprometimento das córneas, perdas de visão, lesões auditivas e até mortes.

Em Jundiaí, um projeto de lei para proibir a soltura de fogos de artifício com estampido (barulho) foi rejeitado na Câmara, na última terça-feira (20), com 12 votos contrários e cinco favoráveis. “Este foi um projeto sugerido pela sociedade. Não temos nada contra os lojistas. Infelizmente, eles vendem um produto que prejudica as pessoas que não gostam e nos procuram. Ninguém acordou do dia para a noite querendo proibir os fogos. Esta é uma demanda que chegou até nós e foi discutida com dados e embasamento técnico”, lembrou o vereador Faouaz Taha, um dos autores da proposta de proibição.

No abaixo-assinado realizado pelo parlamentar, mais de 2 mil pessoas demonstraram apoio à campanha ‘Rojão em Jundiaí não!’, que coletou diversas entrevistas e depoimentos e percorreu mais de 30 pet shops. Nas redes sociais, a adesão também ficou evidente nas páginas e postagens dos autores do projeto.

Proibido!

Apesar de poderem ser manuseados por crianças e adolescentes, o uso dos fogos dos tipos A e B precisa ser monitorado por adultos. A venda desses artefatos a menores de 18 anos, fora da classificação de risco A, é expressamente proibida segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90).

Mesmo com essa proibição, o levantamento da SBOT constatou que 23,8% dos acidentados estão na faixa etária abaixo dos 18 anos. Em 45,2%, as vítimas dos artefatos têm entre 19 e 59 anos de idade e 28,8% têm mais de 60 anos.

Segurança

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Segundo o Corpo de Bombeiros, os acidentes mais comuns com os fogos são queimaduras e mutilações, havendo ainda riscos para audição e riscos de cegueira. Em relação a casas e florestas atingidas, a ocorrência mais comum é princípio de incêndio. Em caso de emergência, deve-se manter a calma e acionar imediatamente os bombeiros.

Saiba o que fazer em caso de queimaduras

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