Há 13 anos ele “fugiu” com o circo que passava por Jundiaí

Há 13 anos ele “fugiu” com o circo que passava por Jundiaí

Ir embora com o circo é uma das fantasias recorrentes na infância. Os palhaços, os mágicos, malabaristas, equilibristas, as cores, sons, o cheiro de serragem... rodar o país com a trupe, conhecer novos lugares, encantar pessoas pelos quatro cantos do Brasil e começar uma nova vida. Tudo isso permeia a imaginação de muitos de nós.

E foi assim que a história de Leandro de Souza, 25, começou há 13 anos, quando, abandonado pela mãe, viu na aventura de ir embora com um circo que passava por Jundiaí a oportunidade de ter uma nova família e reescerver a sua história, tão breve e já tão triste. “Com 12 anos minha mãe me mandou embora de casa e o circo estava na cidade. Passei a ajudar com alguns serviços, como montar e desmontar e durante o espetáculo vendia pipoca e algodão doce para sobreviver”, relembra. Encantado e comovido com a acolhida da família Lima, responsável pelo Leiser Circus, Leandro pediu para seguir o caminho com eles. Ali foi palhaço, mágico ilusionista e pirafogista (engolia fogo).

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Foram anos na estrada, montando e desmontando a lona do circo e alegrando a plateia, até que, em uma passagem do Leiser pela cidade de Louveira, Leandro teve mais uma surpresa do destino: a jovem Thauany Reis. “Ela foi até o circo em um dia que eu estava vendendo pipoca na porta e quando a vi já me encantei. Lá dentro, no espetáculo, eu fazia um número de ilusionismo que precisava da ajuda da plateia e quem se ofereceu para ajudar? Ela”, conta. Dias depois os dois se reencontraram e trocaram telefone. Se falavam quase todos os dias por mensagem, até que o circo foi embora da cidade e o grande amor ficou para trás. “Seis meses depois, o circo ia para uma cidade ainda mais distante e ficaria mais difícil nos vermos, foi aí que falei para ela que ia abandonar o circo para vivermos juntos”.

A história de amor que começou há 4 anos terminou com casamento e um filho: Kalleb Reis de Souza, que está com um mês e meio. Hoje, os dois são donos da “Palhaço Banho e Tosa”, um pet shop que atende em domicílio e que leva o nome do personagem preferido de Leandro. “Meus familiares do circo estão em Minas Gerais, na divisa com a Bahia. Tenho muita vontade de revê-los, mas no momento não tenho condições. Quem sabe, quando meu filho estiver mais velho, nós podemos nos reencontrar”, completa.

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