Bacalhau, vinhos, doces... por que amamos tanto a culinária portuguesa?

Bacalhau, vinhos, doces... por que amamos tanto a culinária portuguesa?

Apesar de ser fortemente conhecida pelo bacalhau, a gastronomia portuguesa é extremamente vasta, construída em quase dez séculos de história. Muitos povos de diferentes regiões influenciaram sua culinária local, além de sua geografia. A culinária portuguesa é dona de uma grande diversidade.

Dos fenícios aos romanos, dos mouros às novas gerações, a cozinha portuguesa é consequência de todos as contribuições dos ocupantes da Península. A diversidade da sua gastronomia deriva essencialmente do Mediterrâneo e do Atlântico, como se constata pela forte presença de peixes e mariscos.

O período das descobertas marítimas portuguesas teve um peso forte na gastronomia nacional, com a introdução das especiarias - como pimenta, canela e noz moscada - e do sabor agridoce. Neste período também foram integrados, entre outros alimentos, o açúcar, o feijão e a batata, adotados como produtos essenciais.

O Brasil foi descoberto por navegadores portugueses, que inseriram sua cultura, gastronomia e modo de vida no novo território. Na raiz do País que conhecemos hoje está a culinária lusitana, herança do período colonial.

A sardinha portuguesa e o bacalhau, pescado em águas mais frias e afastadas, são os peixes mais usados pela cozinha lusitana.

Vinhos

A história do vinho em Portugal vai para além da fundação da nacionalidade. Considera-se que a primeira vinha foi plantada na Península Ibérica cerca de 2000 aC. Mais tarde, sofreu influências de outros povos, que trouxeram grandes progressos na forma de cultivar e produzir a vinha, até o produto se tornar símbolo cultural da região.

Com a fundação de Portugal, em 1.128, a bebida manteve a sua importância, sendo logo o produto mais exportado pelo país. Assim continuou até o período dos descobrimentos, quando Portugal introduziu o vinho em diversas regiões do mundo através do Império Português.

Portugal é o maior consumidor per capita de vinhos do mundo, tem o maior conjunto de casta autóctone do mundo e o Douro/Vinho do Porto, foi a primeira região demarcada de vinhos do mundo. 

Doces

A maioria dos doces foram originários dos conventos no século XVI. No início da Época Moderna, a população feminina dos conventos era, em sua maioria, composta de mulheres que não tinham escolhido o hábito por fé, e sim por imposição social. A criação e desenvolvimento de quitutes era uma forma de suportar a clausura.

Uma das bases para o preparo de muitos doces são os ovos. Nos séculos XVIII e XIX, Portugal passou a ser o principal produtor de ovos da Europa, e possivelmente do mundo. Porém, a maior parte dessa produção era destinada à exportação de clara para a fabricação do vinho branco, pois esta atua como elemento purificador. Surgiu então um dilema: o que fazer com tanta gema?

A quantidade de matéria-prima, aliada à fartura do açúcar que vinha das colônias, principalmente do Brasil através do cultivo da cana-de-açúcar, se transformou em inspiração para o surgimento dos experimentos doceiros realizados pelas cozinheiras dos conventos. A criatividade resultou em doces ricos em açúcar, gemas de ovos, frutas secos e amêndoas. Muitas das receitas hoje consideradas tradicionalmente brasileiras são de origem portuguesa, como o arroz-doce, o papo de anjo e a ambrosia.

Onde experimentar em Jundiaí:

Lisboa Culinária Portuguesa

O Lisboa fica aberto de terça a domingo para o almoço e de terça a sábado para o jantar.
O novo endereço: Rua Conrado Augusto Offa, 535, Chácara Urbana, Jundiaí – SP.
Telefone: (11) 2709-5100

Saiba mais: http://bit.ly/2hOMnGF

 

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