Para incluir as cidades do Aglomerado Urbano de Jundiaí na discussão pelo emprego, Gerson Sartori propõe a criação da Comissão Regional de Emprego. Ele já presidiu a Comissão Municipal de Empregos de Jundiaí e tem no currículo mais de duas décadas dentro do movimento sindical. “É a forma mais racional para abordar a questão. No momento em que a retomada econômica começa a tomar forma, cresce o número de desempregados. Pode até parecer uma contradição, mas de acordo com o IBGE é isso realmente o que acontece, uma vez que muitos que haviam desistido de procurar uma colocação, voltam à disputa no mercado de trabalho formal’, explica.
A proximidade com o fim de ano, quando o comércio tem seu ponto alto e por isso mesmo busca mão de obra temporária, é outro “vento soprando a favor”, na opinião de Gerson. "É preciso enfrentar os desafios independente dos desdobramentos políticos", aconselha. Na sua opinião, estar apto a assumir novas funções e disposto a encarar desafios são algumas das premissas para conseguir uma vaga.
Por isso a proposta de instalação de uma Comissão Regional de Emprego tem potencial para impactar todo o Aglomerado Urbano. A ideia deve manter o mesmo padrão das comissões locais, composta por membros do poder público, de trabalhadores e empresários. "Acredito que ao tornarmos regional a discussão sobre o emprego várias propostas surgirão. Além disso, e talvez o mais importante, as soluções também devem ter um alcance global", diz.
Para exemplificar, Gerson cita algumas ações como o bilhete único regional. "Uma integração do sistema de transporte aliviaria o bolso de muitos trabalhadores e também contribuiria com os empresários", diz. Outro ponto importante para Sartori seria a instalação de um polo regional de capacitação. "Tentar entender a tendência da empregabilidade da região nos ajudaria a montar uma cesta de cursos para capacitar os trabalhadores de maneira mais precisa".
Seja como for, a comissão proposta por Sartori teria ainda o mérito de juntar forças. "Uma coisa é um único deputado ou prefeito trabalhando isoladamente nesta questão. Outra, muito diferente, seria uma verdadeira força-tarefa imbuída com esse objetivo, unindo esforços e buscando resultados comuns", concluiu.
