A votação pela aprovação das reformas Trabalhista e da Previdência pelo governo de Michel Temer foram ponto central de debate promovido por Gerson Sartori, nesta quarta-feira (24), na Sede do Sindicato dos Alimentícios de Jundiaí e Região. “É inadmissível que os trabalhadores percam seus direitos em reformas aprovadas por um governo e congressistas denunciados por negociatas com mala de dinheiro”, argumenta.
Segundo o ex-vereador e presidente da Câmara Municipal, o momento do país não permite um embate polarizado e partidário, porém, é necessário avaliar a situação de governabilidade e aprovação popular do presidente Temer, deputados e senadores. “Está claro que o governo não tem credibilidade para aprovar nenhuma reforma”, enfatiza.
Sartori é favorável a novas eleições diretas, tanto para o Poder Executivo Federal, quanto para o Congresso Nacional. “Os representantes têm de ser novamente escolhidos pelo povo. Só a sabedoria popular nos fará sair desta crise”, justifica. “Muitos deputados que foram eleitos com o voto popular representam alguns empresários que só sabem extorquir o trabalhador”.
Além da crise ética e moral na política nacional, Sartori lembra, também, da situação de 14 milhões de pessoas desempregadas no Brasil e que não há “fórmula mágica” para a economia voltar a girar. “O que gera emprego é a redução de jornada sem redução de salário. Mais gente trabalhando e ganhando é mais gente consumindo. Mais gente aposentando e recebendo é mais dinheiro injetado na economia”, ressalta, citando uma “inversão de lógica” na política atual.
Para ele, o caminho para um realinhamento está na “reforma política feita por uma Constituinte exclusiva”.
