A diretora presidente do Grendacc (Grupo em Defesa da Criança com Câncer), Verci Andrêo Bútalo, desabafou na rede social oficial da entidade, após perceber que a solução financeira para o custeio dos trabalhos realizados pela instituição não virá por meio de recursos públicos, nem das cidades da região, nem do Estado, nem do Governo Federal.
Em tom de decepção, após duas reuniões realizadas com representantes das cidades da Aglomeração Urbana de Jundiaí, Verci citou a recusa do Ministério da Saúde em aceitar o cadastramento do Grendacc na rede nacional de oncologia e o grave problema financeiro enfrentado pelas cidades da região de Jundiaí que têm pacientes atendidos no entidade.
“Deu para se perceber um interesse muito grande por parte dos prefeitos e secretários das cidades vizinhas para que o Hospital da Criança não tenha de fechar sua internação, centro cirúrgico e UTI. O que se percebe é que a todo momento se esbarra no fator ‘dinheiro’, ou melhor, na falta dele”, destacou.
Verci colocou em xeque a sobrevivência dos trabalhos perante a falta de apoio financeiro governamental. “Como o Grendacc irá sobreviver nesse período, com a necessidade de pagamentos diversos incluindo o do décimo terceiro salário, principalmente? Acredito que mais uma vez, somente com o apoio da comunidade”, salientou.
Após citar o pequeno repasse recebido pelas cidades pelo governo do Estado e do governo federal, a presidente do Grendacc indagou, em tom crítico. “Nas mãos de que governantes estamos? Que pessoas são essas que priorizam seus próprios interesses, deixando a saúde em situação tão crítica?”, disse. “Certamente, para que nas próximas campanhas eleitorais possam prometer em palanque, melhorias nessa área, promessas essas que mais uma vez não serão cumpridas”.
Verci finalizou o texto com a lembrança de que, enquanto falta dinheiro para os tratamentos básicos em Saúde, os escândalos de corrupção aparecem a cada semana. “Será que um dia, vamos aprender a escolher melhor aqueles que nos representam? Será que teremos pessoas de caráter para escolher? Pessoas que não transitem por aí com malas e mais malas de dinheiro e que não façam conchavos em benefício próprio?”, finalizou.
