A falta de ambulâncias do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) em Jundiaí prejudica o atendimento à população que precisa do serviço. Atualmente são apenas quatro veículos disponíveis, outros cinco estão parados por falta de manutenção. Na última semana, após verificar as condições precárias da frota, a Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) solicitou a urgência da locação de duas ambulâncias de suporte básico, por até três meses. Uma delas foi entregue hoje (27) no Paço Municipal.
Segundo dados do Portal da Transparência, do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, em 2017 já foram destinados R$ 585,9 mil para o custeio do SAMU. A Prefeitura vai investir para a locação de cada uma das ambulâncias R$ 10,2 mil, totalizando ao final do mês, R$ 20,4 mil.
Em dias com maior número de ocorrências, os socorristas têm de se desdobrar para não deixar quem precisa de atendimento na mão. Foi o caso da dona de casa Edileide Bueno, que ligou para o SAMU solicitando atendimento para a mãe, que tem problemas cardíacos. “O médico que me atendeu pelo telefone me orientou a acalmá-la, dar o remédio e levar no meu próprio carro para o hospital. Por sorte, foi só uma indisposição por conta da pressão alta”, conta. Segundo ela, o atendente teria dito que não havia ambulância disponível para atendê-la de prontidão e que o melhor a fazer era encaminhar a mãe idosa no próprio carro. “A prioridade era atender casos de emergência, como acidentes, infartos e casos de AVC (acidente vascular cerebral)”, completa.
Por mês, o SAMU recebe 2,3 mil ligações. Destas, são geradas aproximadamente 1,4 mil ocorrências.
Falta fiscalização
Um levantamento feito pelo Ministério da Transparência no início do ano apontou que os recursos destinados ao Samu não possuem qualquer fiscalização. A verba que é destina à compra e manutenção das ambulâncias, treinamento e contratação de pessoal especializados é repassada pelo Governo Federal aos estados e municípios e não é destinada apropriadamente.
Segundo o relatório do governo, das 663 ambulâncias analisadas, 23% estão fora da circulação; com relação às motolâncias (motocicletas equipadas para atendimento aos primeiros socorros) cerca de 46% estão paradas. O governo envia um repasse mensal de R$ 2,4 milhões com a finalidade de manutenção do programa do SAMU. Em algumas cidades do país foram constatadas que havia apenas uma ambulância na cidade e esta se encontrava em situação de precária sem previsões de reparo.
