Comerciantes reclamam de Carnaval no Centro e pedem cancelamento de bloco no sábado (17)

Comerciantes reclamam de Carnaval no Centro e pedem cancelamento de bloco no sábado (17)

O Sincomercio Jundiaí e Região, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e a Associação Comercial e Empresarial de Jundiaí (ACE) emitiram notas, nesta quarta-feira (14), afirmando que diversos comerciantes reclamaram da passagem de alguns dos blocos carnavalescos na região Central nos últimos dias.

Neste ano, em estimativas feitas até o momento, 130 mil pessoas passaram pelos blocos de rua ao redor de Jundiaí. De acordo com a Prefeitura de Jundiaí, foram alocados pela cidade 640 sanitários e os serviços de limpeza urbana foram feitos imediatamente após as passagens dos blocos e nos seus entornos. Dentre os blocos, alguns deles passaram pelo Centro. 

Entre os relatos mais comuns de comerciantes, segundo informou o Sincomercio, estão portas de lojas depredadas, urina na frente dos estabelecimentos e garrafas quebradas no chão. Por conta destas reclamações, um ofício foi protocolado na Prefeitura de Jundiaí para solicitar o remanejamento dos grupos para outros locais do município no próximo ano e coibir que mais um bloco circule pelo Centro, no próximo sábado (17). Além do oficio, um abaixo-assinado também foi realizado com as mesmas solicitações. 

“Tivemos várias depredações em portas de lojas, registro de muita sujeira, como dejetos humanos na frente dos estabelecimentos e, inclusive, as vendas foram afetadas por conta da passagem dos blocos. Não somos contra o Carnaval, mas sim a forma como vem sendo realizado”, afirmou Edison Maltoni, presidente do Sincomercio Jundiaí e Região e da CDL.

Em nota, a ACE afirmou que “o que se viu durante o Carnaval não foi manifestação cultural e sim atos que beiram o vandalismo, que desfavoreceram o comércio e os lojistas que mantiveram as portas abertas nos horários de passagem dos blocos pelo Centro”.  A nota ainda diz o Carnaval trouxe a região central “danos ao patrimônio privado, com a depredação de jardins e a sujeira acumulada de garrafas de bebida alcóolica, latas, copos plásticos, urina e até fezes humanas”.

Em nota, a Prefeitura de Jundiaí afirmou que o Carnaval deste ano não contou com ocorrências de maior gravidade e que o Centro foi escolhido, após diversas reuniões com as forças de segurança, como o melhor local para a atuação das equipes de segurança e mobilidade.

Confira a nota na íntegra:

A Unidade de Gestão da Cultura (UGC) avalia de forma positiva os aspectos relativos à segurança e organização dos cinco dias de Carnaval de rua da cidade de Jundiaí.

Apesar da diminuição no público em comparação a 2017, de 150 mil pessoas, para 130 mil pessoas neste ano (estimadas até o momento), vale ressaltar que houve aumento considerável na quantidade de banheiros químicos disponíveis nos locais de passagem dos blocos. Foram 640 sanitários alocados, 230 a mais em comparação ao ano passado. Os serviços de limpeza urbana também ocorreram imediatamente após as passagens dos blocos e nos seus entornos.

Outro ponto a ser destacado foi a parceria inédita entre os órgãos de segurança (como as Polícias Militar e Cilvil, Guarda Municipal, Juizado de Menores) e a Prefeitura de Jundiaí que garantiu a ausência de ocorrências de maior gravidade, sendo que as outras ocorrências pontuais, e comuns a eventos com aglomeração de pessoas, foram resolvidas de imediato.

Trata-se de uma avaliação parcial, uma vez que terão reuniões de avaliação detalhada pós-evento para averiguação com as demais Unidades de Gestão da Prefeitura e com os responsáveis pelas escolas e blocos sobre os pontos que, apesar da evolução na organização, ainda precisam ser mais bem ajustados e, no tempo conveniente, traçar os planos para o Carnaval para 2019.

A UGC esclarece ainda que a região Central concentrou o maior número de blocos por ser um local com melhores condições para o trabalho das equipes que atuam na garantia da segurança e na mobilidade. A constatação é resultado de reuniões que envolveram todas as instituições que trabalham no Carnaval, como Guarda Municipal, Polícias Militar e Civil, Unidade de Gestão de Mobilidade e Transporte, entre outras.

Por fim, a UGC acrescenta que, como feito até aqui, permanece à disposição para ouvir todos os setores da sociedade, incluindo os comerciantes, para que, desta forma, todos possam contribuir com alternativas para melhorar o Carnaval de rua.

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