A Assessoria de Políticas para a Igualdade Racial, da Prefeitura de Jundiaí, divulgou uma nota, nesta quarta-feira (29), em alusão ao vídeo com teor racista feito por alunos da Escola Técnica Estadual Vasco Antônio Venchiarutti, que vêm repercutindo em Jundiaí nos últimos dias. Confira trecho:
"Diante disso, juntamente com o Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra e movimento social negro, se reuniu com a diretoria da escola estadual, na terça-feira (28), a fim de verificar possíveis ações de intervenção no ambiente escolar, bem como trabalhar na rede para efetivação da Lei nº 10.639/03, na perspectiva de mudança da cultura discriminatória e de racismo.
A Prefeitura de Jundiaí reafirma sua postura contra todo e qualquer tipo de discriminação e manterá sua política de promoção de igualdade, em parceria com os mais diversos movimentos sociais organizados de nossa cidade".
Relembre o caso
O vídeo que repercutiu nas redes sociais foi gravado no último dia 17 de agosto e mostra uma maquete com casas e bonecos em miniatura e, nas imagens, há um aluno destruindo uma destas casas, que ele chamou de "barraco do negrinho", enquanto fura um boneco negro com a faca. Por conta da repercussão, os pais foram chamados pela direção e optaram por transferir os filhos de escola.
O estudante que destrói o boneco com a faca ainda diz: "É o barraco do negrinho, Minha Casa, Minha Vida. Agora vou te matar, negro f***". Em um dos momentos, ele chega a "brincar" que quer ser youtuber e o outro estudante diz que ele faria vídeos como "taquei um negrinho no fogo, olha no que deu". Confira o vídeo:
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Depois da repercussão deste episódio, por meio de assembleia realizada pelo grêmio estudantil da instituição, os alunos ainda denunciaram outro ato racista na escola: a existência de um perfil no Instagram onde foram realizadas piadas racistas com pessoas negras da instituição.
Denúuncia Ministério Público
O Conselho Municipal de Desenvolvimento da Comunidade Negra, a Marcha da Consciência Negra e a Assessoria de Políticas para a Igualdade Racial acionaram o Ministério Público, em uma denúncia conjunta, por conta do vídeo.
"Solicitamos a Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e Ministério da Justiça e Cidadania a apuração dos fatos em razão da conduta dos envovlidos no caso, com as respectivas sanções afim de evitar novos casos", diz nota oficial divulgada pela Marcha da Consciência Negra de Jundiaí.
