Boliche Bonanza fecha as portas e deixa muitas histórias em Jundiaí

Boliche Bonanza fecha as portas e deixa muitas histórias em Jundiaí

“Um ciclo que se fecha” é a definição usada por Reginaldo Gomes, um dos proprietários do clássico boliche de Jundiaí, o Bonanza, que encerrou suas atividades no mês de agosto. Em entrevista ao Tribuna de Jundiaí, Reginaldo relembrou os bons momentos vividos no local, que ficava localizado na Rua Pitangueiras e agregou à cidade como opção de lazer ao longo de 22 anos.

“São muitos momentos marcantes. Comemoramos o aniversário de uma senhora de 88 anos e ver a alegria dela não tem preço que pague. Mas lembro bem da primeira festa de aniversário comemorada lá. Anos depois, recebemos o aniversariante novamente, mas para comemorar o aniversário do filho dele”, relembra.

A ideia de iniciar o negócio veio do pai, que trabalhou por anos na indústria automotiva e, ao se aposentar, resolveu investir em um negócio para a família. Na época, eles moravam em Santo André e ainda não tinham definido qual tipo de negócio deveriam começar. Reginaldo contou que seu irmão, junto com a namorada, foram visitar um boliche da cidade e encantados com o que viram, contaram ao pai, que logo comprou a ideia.

“Passamos por muitas cidades do interior, mas o negócio não dava certo. Um dia, nas nossas ‘andanças’, estávamos passando por Jundiaí e meu pai disse: ‘Vamos entrar nessa cidade’ e logo na primeira imobiliária que visitamos, encontramos um lugar que seria perfeito para o negócio. Inauguramos no dia 28 de julho de 1996”, relata Reginaldo, que se mudou com a família para Jundiaí, onde permanece até hoje.

Com satisfação ele relembra dos bons momentos vividos dentro do boliche, que por muitos anos, esteve de portas abertas recebendo centenas de pessoas e até eventos como confraternizações, aniversários e até noivados, como no caso de Marina da Glória, que disse ‘sim’ ao Alan no Boliche Bonanza.

Marina conta a história com toda riqueza de detalhes. Ela, paulistana e o noivo, jundiaiense. Eles se conheceram em 2014 devido ao fascínio em comum por trens e ferrovias. Marina conta que sempre teve um amor muito grande por Jundiaí por conta de toda história atrelada à cidade. Em 2017 o casal decidiu noivar e para celebrar, optaram por fazer uma festa.

Na busca pelo melhor lugar para recepcionar os convidados, Alan sugeriu o tradicional boliche da cidade, que ofereceu ao casal tudo o que eles estavam esperando. Eles escolheram o dia 8 de julho de 2017, dia em que Marina comemoraria também seu aniversário de 21 anos.

“No dia do evento não precisei me preocupar com nada, pois quando cheguei estava tudo maravilhoso! Meus convidados foram muito bem recebidos, bem servidos e se divertiram muito. Ganhamos do boliche um chaveirinho em formato de pino para presentear nossos convidados, que se deliciaram com os salgados e com o bolo sensacional de chocolate branco que foi servido”, relembra.

Marina conta que ao ficar sabendo da notícia que o boliche fecharia as portas, ficou muito triste já que, além de fazer parte da sua história pessoal, o local faz parte da história da cidade. “Quando eu mostrar as fotos do meu noivado para alguém, direi com muito carinho que noivei no Boliche Bonanza”, afirma Marina.

A equipe do boliche anunciou nas redes sociais o encerramento das atividades e em troca, recebeu diversas mensagens de carinho por parte daqueles que frequentaram e ajudaram a construir a história do lugar ao longo dos anos. “O sentimento que fica é o mais importante. Contribuímos muito à cidade de Jundiaí. Celebramos com diversas pessoas que nasceram, cresceram e acabaram passando de geração em geração no boliche”, finaliza Reginaldo.

O espaço deu lugar à loja Barateiro, que distribui peças e acessórios automotivos. Essa é a segunda unidade da loja na cidade.

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