Mágico de Jundiaí é eleito quarto melhor do mundo em disputa internacional

Mágico de Jundiaí é eleito quarto melhor do mundo em disputa internacional

O mágico William Seven, de Jundiaí, foi eleito o quarto melhor no Campeonato Mundial de Mágica, na Coréia do Sul. Ele competiu pela categoria Close Up (mágica de proximidade) e disputou o prêmio com outros 200 profissionais.

Antes, ele foi também eleito o melhor mágico da América Latina. Ele comparou esta competição como uma espécie de "Libertadores da mágica", que o levou ao mundial.

O ato vencedor das duas competições é carregado de emoção e tem como tema a doença de Alzheimer. Nele, William conta a história de um mágico mais experiente que se vê desprezado pelo público. Fora de cena, ele beira a loucura e a genialidade.

Esse ato faz parte de um espetáculo chamado "A maçã", que já foi apresentado no Sesc de Jundiaí e é resultado de um intenso trabalho entre William e esposa, Salma Hernandez, educadora física e Doutora em Ciências do Movimento Humano, especialista em exercícios físicos para pacientes com Alzheimer.

"O campeonato Latino-americano é a cada três anos e federações internacionais se reúnem para competir. Meu ato foi pré-selecionado e, felizmente, foi muito premiado e aplaudido. Quando saiu o prêmio para mim, até então, tudo aquilo era muito distante. Toda aquela dedicação e horas de estudo não foram em vão", contou.

E o sentimento ao vencer o Mundial também foi o mesmo, ele garante. "Felizmente também fui muito aplaudido, a crítica foi bastante positiva e voltamos com o quarto lugar do mundial". 

Mas, uma coisa não há de se negar: essas duas conquistas estão totalmente ligadas com o amor de William pela sua profissão.

"É um estilo de vida, é a poesia em movimento, é a ferramenta que eu encontro de levar as pessoas para um universo paralelo, para fora da realidade, onde tudo é possível", contou, lembrando que além disso as horas e anos de dedicação também foram importantes.

"Digamos que, entre idas e vindas, já são quase 34 anos na mágica. Você precisa de muita dedicação e estudo, ler muito, estudar muito sobre psicologia, comportamento humano. São horas e horas de estudo, de treino.

As pessoas me perguntam sobre talento, mas eu acho que talento na verdade se resume a vontade que a pessoa tem de ensaiar e treinar durante muito tempo e se divertir com isso", reiterou o mágico.

E todo esse amor começou quando ele tinha apenas 7 anos, quando ganhou um brinquedo de mágica. Tudo ficou ainda mais intenso quando, com 9 anos, a mãe de William decidiu levá-lo ao circo. Lá, viúva, ela e um dos mágico se apaixonaram.

Ele, que não conheceu o pai biológico, ganhou um pai que lhe ensinou sobre mágica, fazendo com que ele crescesse imerso neste universo.

"Apesar do meu pai nunca ter me ensinado a fazer mágica diretamente, ele me colocou em contato com toda a literatura, com todos os mestres e grandes nome. Aí comecei a descobrir o universo do impossível próximo das minhas mãos", lembrou.

Ficou curioso para conhecer um pouco do trabalho de William? Olha só esse vídeo com algumas de suas técnicas:

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