Não é segredo para ninguém o poder dos livros e da leitura na vida de alguém. Na vida da jundiaiense Giovana Merighi de Andrade, de 21 anos, os livros se tornaram uma forma de ajudar quem precisa através de um projeto cheio de amor e significado.
Giovana é estudante de Letras e contou ao Tribuna de Jundiaí que no ano passado, quando passava por problemas familiares, decidiu se engajar em um trabalho voluntário no Sítio Agar em Cajamar, que visa o bem-estar de crianças, jovens e idosos.
“Eu estava com problemas familiares e não tinha nada programado para o Natal. Entrei em contato com a Mônica, do Sítio Agar, e me propus a participar da programação de final de ano. Eu perguntei o que as pessoas costumavam levar. Conversando com ela, chegamos na ideia de levar livros para as crianças ao invés de brinquedos”, conta.
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Animada com a ideia, Giovana contou com a ajuda de amigos e da família. Na ação de 2017, ela conseguiu arrecadar 300 livros. Número que cresceu, e muito, na campanha de 2018: mais de 1.150 livros arrecadados.
No ano passado, Giovana montou um espaço no Sítio Agar, onde as crianças podiam interagir com os livros e também leva-los como presente. Neste ano, os 1.150 livros foram divididos da seguinte forma: 354 viraram presentes embalados, que foram entregues em mãos para os assistidos da instituição, os outros 796 livros foram doados para diversas instituições para que sejam utilizados por todos que passarem por lá.
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Ela conta que neste ano começou a arrecadar mais cedo, com a intenção de conseguir atender mais lugares. Para o próximo ano, ela está pensando em novos formatos para o projeto, já que a demanda aumentou muito e a logística ficou puxada.
“A minha família ajuda muito. Meu namorado trouxe bastante coisa que foi arrecadada em São Paulo. E fica tudo guardado na casa da minha avó”, conta.
Para 2019, Giovana programa começar a arrecadação ainda mais cedo e estender a ação para outras datas, e não somente no Natal.
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
"Muita gente fala que as pessoas não leem mais, mas acredito que é falta de incentivo. As crianças sempre se interessam, gostam e têm curiosidade", afirma a estudante.
