Com paralisia cerebral, jundiaiense de 5 anos ensaia os primeiros passinhos

Com paralisia cerebral, jundiaiense de 5 anos ensaia os primeiros passinhos

Fabrizio Dias Luis, 5 anos, é um garoto que mesmo tão pequeno já mostra sua força de vontade e determinação durante as fisioterapias. Nascido em Jundiaí, ele foi diagnosticado com paralisia cerebral ainda quando tinha 4 meses de vida.

 

Com muita dedicação dele e da família, que hoje mora no Jardim Bertioga, em Várzea Paulista, o garoto já consegue pronunciar palavras e ficar em pé, algo muito difícil para quem apresenta o quadro.

Fátima Dias Luis, mãe de Fabrizio, conta que a gravidez foi normal e tranquila. Durante o pré-natal, nenhum exame apontava que o bebê teria qualquer problema de saúde. “A gravidez foi muito planejada a três, entre meu marido e minha filha adotiva, Thamyres, que na época tinha 13 anos”, lembra.

Mas, durante a 32ª semana de gestação, Fátima começou a ter pressão alta e foi ao médico que a diagnosticou a eclampsia. Então, ela teria de começar o tratamento e repouso absoluto. Após três semanas, Fátima voltou para o hospital e teve que ser sulfatada (tratada com sulfato de magnésio), na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No dia seguinte, já estava no quarto e teve alta posteriormente. Alguns dias se passaram até que no dia 18 de julho de 2013, teve de voltar ao hospital. Ela foi levada imediatamente para o centro cirúrgico para realizar a cesariana.

Fabrizio nasceu prematuro, com 1.660 gramas e 40 centímetros. Ele foi encaminhado para a UTI neonatal para ganhar peso. Era um bebê normal e não apresentava nada de diferente. Mas, três dias depois ele contraiu uma bactéria que ocasionou uma hemorragia digestiva, além de febre e convulsão. “Fiquei sabendo disso quando me ligaram dizendo que ele precisava de doação de sangue por conta da hemorragia digestiva. Chegando à UTI neonatal vi que Fabrizio estava entubado e com um dreno para retirar o sangue da hemorragia”, recorda Fátima.

Com 16 dias de vida, os médicos retiraram o oxigênio e Fabrizio conseguia respirar sem a ajuda dos aparelhos. Com quase um mês e meio de vida ele teve alta. Mas, foi com três meses que Fabrizio recebeu o primeiro diagnóstico, depois de ir a uma consulta no neurologista. Os exames começaram e, um mês depois, o médico concluiu que o bebê tinha paralisia cerebral. Fabrizio tinha um cisto no cérebro e teve hemorragia intracraniana, o que afetou apenas a parte motora: a cognitiva se manteve preservada.

“Os médicos disseram que o Fabrizio era uma pedra bruta, um diamante que precisava ser lapidado, que aos poucos e com esforço dele, os movimentos apareceriam”, diz a mãe.

O monitoramento para acompanhar o cisto começou, mas depois de novos exames foi possível notar que tinha desaparecido. Depois disso, começaram as sessões de fisioterapia, fonoaudiologia e equoterapia, que duravam 30 minutos. “Ele apresentava dificuldade com as mãos, no equilíbro e movimentos”, explica Fátima.

Atualmente, Fabrizio faz sessões de 1 hora de hidroterapia, fisioterapia, fonoaudiologia e equoterapia, além da Thera Suit, método realizado duas vezes ao ano, com sessões de fisioterapias intensivas por 3 horas, durante 30 dias.

Fabrizio 03

Fabrizio na sessão de Thera Suit aprendendo a dar seus primeiros passos

Com todo empenho e dedicação da família e dos médicos, e principalmente, do Fabrizio hoje ele consegue falar algumas palavras, pegar objetos e até ficar em pé. “Vemos a vitória e a força de vontade dele, tão pequeno e tão guerreiro”, comemora a mãe.

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