A Câmara Municipal de Jundiaí estuda realizar sessões de cinema com audiodescrição no Plenário da Câmara. O recurso da audiodescrição permite que a pessoa com deficiência visual desfrute integralmente da obra, seguindo a trama e captando a subjetividade da narrativa da mesma forma que alguém que enxerga.
O recurso descreve de forma clara e objetiva de todas as informações que compreendemos visualmente e que não estão contidas nos diálogos, como, por exemplo, expressões faciais e corporais que comuniquem algo, informações sobre o ambiente, figurinos, efeitos especiais, mudanças de tempo e espaço, além da leitura de créditos, títulos e qualquer informação escrita na tela.
O projeto está em fase de planejamento. Nesta semana, uma reunião com o Assessor de Políticas para a Pessoa com Deficiência da Prefeitura, Marco Antonio dos Santos, a Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Ivanilde Oliveira de Jesus, e representante do Instituto Luiz Braille, Márcia Delamanha, serviu para orientar a preparação do espaço para receber as sessões de cinema.
“O cinema inclusivo partiu da sugestão de uma funcionária da Câmara e abraçamos a ideia na hora. A Câmara é a Casa do Povo e queremos que todos se sintam bem-vindos aqui. A acessibilidade está entre nossas prioridades”, comenta o Presidente da Câmara, Faouaz Taha.
Para Ivanilde, “a iniciativa proporciona uma interação social entre deficientes visuais e aproxima ainda mais a pessoa com deficiência da Câmara”. E na opinião de Marco Antonio, todos ganham com esse projeto. “Ganha a pessoa com deficiência, ganha a sociedade e ganham os vereadores, que vão entender melhor a causa da pessoa com deficiência e poder ajudar nas demandas que esse segmento traz”.
Ainda em fevereiro, será realizada uma sessão piloto com convidados do Instituto Luiz Braile, para verificar a viabilidade do projeto.
