Dia do Repórter: elas moram em Jundiaí, mas estão em rede nacional

Dia do Repórter: elas moram em Jundiaí, mas estão em rede nacional

Neste sábado, dia 16 de fevereiro, é comemorado o Dia do Repórter. O Tribuna de Jundiaí não poderia deixar a data passar batida, afinal, também fazemos parte desta comemoração. Para falar um pouco sobre a profissão, conversamos com as jornalistas Lívia Zuccaro, da Band, e Beatriz Casadei, da Record, que moram em Jundiaí, consolidaram suas carreiras na cidade e hoje atuam em veículos de grande importância nacional.

A repórter Beatriz, de 34 anos, atualmente produz reportagens para o Balanço Geral e, quando necessário, para os programas Fala Brasil e Cidade Alerta, ambos da TV Record. Ela começou sua carreira nas regionais do SBT e Record de Campinas e depois atuou na TVE de Jundiaí, atual TVTEC, e também na TV TEM, filial da Globo na cidade.  Para ela, o microfone é uma grande ferramenta nas mãos deu um jornalista.

"Ele [o microfone] tem o poder de transformar vidas. A gente consegue dar voz a quem não é ouvido. Eu fico muito feliz, chego a ficar emocionada quando recebo mensagens agredecendo porque consegui ajudar uma criança a ser operada depois de meses e meses em uma fila, ou que gente desaparecida acabou sendo encontrada porque viram a matéria... É uma prestação de serviços, é fazer a diferença na vida de alguém", descreve.

Mas não é tão simples assim: para ser um bom repórter é necessário ter frieza em algumas situações, sem deixar transparecer certas emoções. "Muitas reportagens me marcaram, mas a que me impressionou foi entrevistar uma mulher atrás das grades. Ela matou as filhas do amante colocando veneno no iogurte das crianças. Tudo porque o amante não quis ficar com ela. Ela não tinha o menor arrependimento", contou.

"Me marcou muito cobrir o caso da Chapecoense. Já cheguei também a ver corpos em decomposição de pessoas inocentes. Eu tento ser um pouco fria na hora de entrar na cena de um crime, as vezes tento pensar que é um boneco para que eu possa olhar e não ficar mal com aquilo, só que ao mesmo tempo eu tenho que dosar e saber colocar meu coração em jogo, porque a gente só é um bom repórter quando a gente fala com o coração. Ao longo dos anos eu aprendi a ter equilíbrio emocional", avaliou Lívia.

Com 32 anos, Lívia trabalha para o Brasil Urgente, da Band, e atua como repórter de rede, que é quem cobre casos de relevância nacional. Ela começou sua carreira aos 17 anos, como estagiária, na Difusora de Jundiaí. Passou por emissoras locais e depois foi para emissoras nacionais como a Record e, atualmente, a Band.

Apesar do amor pela profissão, Lívia diz que há muitos desafios em estar todos os dias na rua, cobrindo as mais variadas notícias. "Eu nunca sei o que vou fazer, todo dia é um desafio diferente. Mas a melhor coisa é que você não morre de tédio", brinca.

Beatriz concorda. "Ao mesmo tempo que é um desafio, é muito legal cada dia estar em um lugar, cada dia contar uma história nova. Nunca gostei de estar sempre no mesmo lugar, da rotina, de estar presa dentro de um escritório".

"Mas estar em lugares que você nunca imaginou, ir para lugares que não fazem parte do seu meio, te fazem enxergar as coisas de outra forma. No mesmo dia que você vê a grande dificuldade de pessoas que sofrem muito nos corredores de um hospital, você vai entrevistar um médico em um hospital de primeira linha. Você vê dois mundos. Em um lado, pessoas morrendo no SUS, do outro lado um o hospital que parece um hotel. O desafio é você conseguir equilibrar", reflete.

Mas, apesar de todos os desafios, nenhuma das duas trocaria a profissão por nada. Que, neste dia 16 de fevereiro, todos os repórteres, de Jundiaí e de outros cantos do Brasil, sejam devidamente homenageados pela enorme contribuição à sociedade. Que possamos sempre noticiar a todos, com muita clareza e, como disse a Lívia, com o coração!

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