Após percorrer 1 mil km ao lado dos filhos e rever a filha em Jundiaí, ele se foi em paz

Após percorrer 1 mil km ao lado dos filhos e rever a filha em Jundiaí, ele se foi em paz

No início deste ano três irmãos decidiram trazer o pai, seu Antenor de Souza, de 81 anos, para rever a filha grávida e que mora em Jundiaí há 6 anos. Eles vieram em uma caminhonete de Não Me Toque, cidade do Rio Grande do Sul, e percorreram mais de 1 mil km juntos. O que não esperavam é que os dias juntos, cheios de momentos em família e muita felicidade, seria uma despedida do pai. 

"Parávamos na estrada, dávamos risadas, conversávamos. Foi uma viagem feliz, alegre, com muitas fotos", disse o filho José Aloísio em entrevista para a rádio da CCR Autoban, concessionária que administra o sistema Anhanguera-Bandeirantes.

Foi então, chegando em Jundiaí, na praça de pedágio de Perus, na Anhanguera, que seu Antenor passou mal. Ele foi prontamente socorrido pela equipe de APH (Atendimento Pré-Hospitalar) da CCR, que realizou os primeiros atendimentos antes de levá-lo ao Hospital São Vicente.

"Nosso pai teve um atendimento imeadiato, deitaram ele, viram a situação, começaram o contato com o suporte do hospital. Colocaram meu pai na ambulância e esses três profissionais, meu Deus do céu, eu até me emociono, eles foram fantásticos, verdadeiros 'anjos da guarda do asfalto'", continuou o filho José.

Ele ficou uma semana internado no Hospital São Vicente de Paulo, em Jundiaí, mas não resistiu. Ainda assim, seus filhos não pouparam agradecimentos ao atendimento primário e ao Hospital São Vicente. O sentimento de gratidão foi demonstrado, principalmente, aos funcionários Carlos Alberto Pereira, Julio Cesar Ceratti, Dr. Thiago Calderan, Ricardo Gesualdo e Wellington Barbosa, responsáveis pelo primeiro atendimento ainda na estrada. 

"Em questão de 30, 40 minutos nosso pai já estava internado no São Vicente. Esse atendimento em tão pouco tempo pode salvar uma vida. E eles não estavam atendendo de forma mecânica, era com o coração, queriam que desse certo, estavam tão ansiosos quanto a gente, parecia um membro da familia deles recebendo o atendimento", disse.

"Fico feliz pela atitude de ter um reconhecimento desse, em uma situação difícil dessa do familiar. Aqui somos um instrumento na mão de Deus", afirmou o funcionário Wellington Barbosa.

Apesar de não ter resistido, não dá para negar: o seu Antenor aproveitou da melhor forma possível os seus últimos dias, ao lado daqueles que ele tanto amava.

"Ele era nosso companheiro, que se foi de uma forma inesperada. Apesar disso, estamos com um alento no coração de que ainda existem pessoas para cumprir aquilo que estão determinadas", finalizou José.

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