Com o objetivo de tirar crianças da rua, o professor José Antônio da Silva decidiu manter as aulas voluntárias de caratê, após o término do contrato do Projeto Futuro. A iniciativa foi desenvolvida pela Prefeitura de Várzea Paulista e trazia atividades esportivas e de lazer para todas as idades. Com o vencimento do contrato, as aulas corriam o risco de ser suspensas até a renovação do acordo.
Mas, o professor que está no projeto desde 2013 decidiu dar as aulas como voluntário até a renovação do contrato para não deixar seus alunos na mão. “Muitos não têm condições financeiras para ir até uma academia e aproveitam as aulas para praticar o esporte”, conta.
Atualmente, José Antônio dá aula para cerca de 250 alunos. Entre eles está Guilherme Paulo Moreira da Silva, 15 anos, que está no projeto desde 2014 e já participou de 60 campeonatos e conquistou 45 medalhas.
“Sou grato pelas oportunidades que o sensei Antônio me ofereceu. Ele é uma pessoa exemplar. Agradeço tudo que ele faz por mim”, diz Guilherme.
O jovem começou as aulas depois que sua mãe, Elvia Moreira Machado, recebeu uma recomendação médica para o garoto praticar algum esporte para melhorar o condicionamento físico, por ter bronquite. “Tentei colocar na capoeira, mas não tive resultado. Foi no caratê que ele se encontrou”, revela Elvia.
Guilherme e sua mãe em um dos campeonatos que participou
Então, Guilherme começou no caratê como um método para amenizar suas crises de bronquite. Mas, agora leva o esporte muito a sério. “Pretendo seguir carreira e realizar o sonho da minha mãe”, finaliza.
