Desenganada pelos médicos, ela ‘ressuscitou’ após batismo em hospital

Desenganada pelos médicos, ela ‘ressuscitou’ após batismo em hospital

A campolimpense Amanda Amaral da Silva Pereira, 20 anos, recebeu o diagnóstico de Síndrome de Guillain Barré em 2003, quando ainda era uma criança de 3 anos.

A jovem, que mora com sua família no bairro do Mursa, em Várzea Paulista, conta que foi dormir normalmente e acordou paralisada: não conseguia pegar a mamadeira, falar ou andar.

Os pais da jovem a levaram imediatamente para o Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, em Jundiaí, onde ela recebeu o diagnóstico. Lá, os médicos alertaram que o caso dela era muito grave e que não resistiria.

“Alertaram meus pais a se prepararem para o pior. Eu tinha pouco tempo”, explica.

A síndrome se espalhou rapidamente e Amanda ficou três meses em coma. Os médicos falavam para seus pais que não havia mais o que fazer, pois já haviam feito tudo que estava no alcance da medicina.

“Os médicos queriam desligar meus aparelhos, pois eu estava em estado vegetativo. Mas, meus pais não desistiram e não autorizaram o desligamento”, conta.

Nesse período, a família de Amanda recebeu o apoio de algumas pessoas.

Em especial do Admilson Azevedo, ministro da eucaristia da comunidade católica Nossa Senhora Auxiliadora.

Os pais nunca perderam a esperança da filha voltar a andar.

No fim desses três meses, a família de Amanda resolveu batizá-la.

O diretor do hospital autorizou, pois acreditava que a jovem não teria muito tempo de vida.

Após o batismo, Amanda incrivelmente acordou do coma e surpreendeu todos os médicos.

“Eu renasci. Não conseguia andar e tive que começar tudo do zero”, afirma.

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A jovem teve de ficar 1 ano internada no hospital para acompanhamento, realizar mais de 370 sessões de fisioterapia e ficar por dois anos na cadeira de roda.

“Os médicos falavam que eu não ia voltar a ser saudável, eu teria sequelas para o resto da vida”, revela.

Após todo o tratamento que durou três anos, a jovem voltou a andar, falar e viver como antes.

Aos 20 anos, Amanda se considera uma pessoa saudável e não precisa tomar nenhum medicamento ou fazer acompanhamento.

“Sou um milagre, minha vida é uma superação e sou grata por tudo” diz.

Atualmente, a jovem trabalha em uma empresa de telemarketing, como operadora de atendimento, mas, pensa em cursar fisioterapia.

“Meu maior objetivo é me tornar fisioterapeuta e ajudar todos que sofrem como eu já sofri. Em minha recuperação foi essencial encontrar pessoas solidárias que me deram forças para continuar. Do mesmo modo quero ser solidária com pessoas que precisam de ajuda”, completa.

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Síndrome de Guillain Barré

A Síndrome de Guillain Barré é um distúrbio autoimune, ou seja, o sistema imunológico do próprio corpo ataca o sistema nervoso, que conecta o cérebro com outras partes do corpo, de acordo com o Ministério da Saúde.

A doença é provocada por um processo infeccioso anterior e manifesta fraqueza muscular, visão dupla, redução ou ausência de reflexos.

A incidência anual é de 1 a 4 casos por 100.000 habitantes e pico entre 20 e 40 anos de idade.

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