O Projeto Amigos do Zippy, uma formação direcionada para o desenvolvimento de habilidade socioemocional, desenvolvido pela Associação pela Saúde Emocional de Crianças (ASEC) e presente em Jundiaí por meio do Programa Escola Inovadora, será reconhecido em Congresso Internacional como caso de sucesso.
O projeto será apresentado no 3º Congresso Internacional da Criança e do Adolescente, na cidade do Porto, em Portugal, entre os dias 23 e 25 de janeiro. Há um ano ele é aplicado em Jundiaí.
O intuito do Amigos do Zippy é melhorar o aprendizado das crianças a partir do auxílio da resolução de conflitos pessoais, reconhecimento de sentimentos como a raiva, o medo, a angústia, a alegria e o ciúmes. Ele é aplicado em 15 escolas do Ensino Fundamental, atingindo 2.788 alunos e 111 educadores.
Durante o ano de 2018, os temas foram trabalhados por meio de histórias que envolvem as crianças, os alunos e os familiares. As ações dinâmicas contaram com o personagem Zippy, um inusitado bicho-pau, que tem como amigos um grupo de crianças.
Na cidade, os indicadores diagnosticados pela ASEC apontam até 80% de positividade na percepção de benefícios conquistados pelo projeto. Os dados são de acordo com a percepção de pais e professores em relação ao desenvolvimento das crianças.
“Ao trazer o programa para Jundiaí, o objetivo é auxiliar os nossos alunos a reconhecerem suas próprias emoções e a maneira mais adequada de lidar com elas. Desta forma, a criança poderá melhorar relacionamentos, adquirir autoconhecimento, evitando situações de estresse, depressão e violência. É comprovado que o desenvolvimento das habilidades socioemocionais também ajuda no desempenho escolar”, resume a diretora do Departamento de Ensino Fundamental da Unidade de Gestão e Educação, Ana Paula Freguglia.
Para a gestora de Educação, Vastí Ferrari Marques, o programa é um diferencial do município.
“A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) tem como premissa a educação socioemocional em todas as áreas do conhecimento. O Amigos do Zippy é um programa importante, na medida em que trabalha com as emoções e um dos grandes problemas, muitas vezes identificado na escola, é a agressividade”, salienta.
Em Jundiaí, a Pastoral de Atendimento e Integração do Menor (PAIN) já contou com a iniciativa e avalia positivamente a experiência.
“Há cinco anos, vivenciamos uma experiência com o Amigos do Zippy e foi muito útil. As crianças aprenderam, por exemplo, que podiam sentir raiva, mas que era importante lidar com esse sentimento para não se prejudicar e não prejudicar o outro. O material do programa consegue entrar no mundo deles, trabalhando as emoções com linguagem simples”, comenta a coordenadora da PAIN, Silene Aparecida Souza Bernardes.
Para Vasti, a criança deve, dessa forma, ser trabalhada como um todo, em especial os aspectos emocionais, passando pelos cognitivos e físicos. Para ela, a iniciativa foi um sucesso. "Levar uma experiência de sucesso na escola pública de Jundiaí para a Europa nos enche de orgulho", finalizou.
