Sem verba, Universidades Federais cortam custos básicos

Sem verba, Universidades Federais cortam custos básicos

Em 2017, as Universidades Federais tiveram o menor repasse de verbas em sete anos. Entre as 63 instituições, 90% operam com perdas reais em comparação com o ano de 2013, ou seja, o orçamento para gastos não obrigatórios está menor. Nesse período, o repasse total garantido pelo MEC também encolheu em 28,5%. Esses dados foram divulgados exclusivamente ao G1.

Esse pouco repasse de verba atinge, principalmente, os serviços terceirizados, como limpeza, manutenção e segurança. Além de atingir os benefícios que são oferecidos para os estudantes de baixa renda.

De acordo com a reportagem do G1, algumas universidades optaram por reduzir o teto de renda para pagar o auxílio dos estudantes de baixa renda. Antes quem tinha renda familiar per capita mensal de até 1,5 salário mínimo, podia solicita o benefício. Agora, ele é limitado apenas para alunos com renda de R$ 754.
Em outra universidade, houve corte de funcionários, chegando a 533 demitidos só em maio. Outra, decidiu encerrar o contrato de estágio de mais de mil estudantes. Enquanto outra, dobrou o preço do almoço dos universitários.

Essa redução da verba está na contramão da política recente que prediz a expansão da rede federal de ensino superior. O plano começou em 2008 e inclui a criação de novas universidades, a construção de novos campis e o aumento do número de matrículas. O Plano Nacional de Educação (PNE) tem como meta expandir a participação do setor públicos dentro da educação superior.

O levantamento considera um período de 10 anos para evitar comparações concentradas em anos eleitorais, que podem gerar repasses atípicos. Mas concentra-se nos repasses feitos a partir de 2013 porque foi nesse ano que o MEC concluiu a criação das quatro últimas federais do conjunto de 63. Esse número se manteve até 2018, quando quatro novas federais foram criadas.

Fonte: G1

 

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