Neste ano, a escola de samba Mangueira levará para a Avenida a “história não contada” do Brasil. Com esse clima, a escola abre as portas da tradição para apresentar sua primeira musa transexual, Patrícia Souza, 25 anos. A carioca vai representar uma índia na Sapucaí.
"Estou muito honrada. É um cargo de prestígio, ainda mais por ser numa escola tão tradicional e antiga. Sinto que tô levando todas as meninas trans, representando todas elas. É muito emocionante", resume a musa.
Fora da Avenida, Patrícia é cabeleireira em Londres, na Inglaterra. Nascida em São Cristóvão, ela conta que desfila desde os 16 anos:
"Essa é a minha primeira vez como musa. Sempre foi meu sonho, mas nunca acreditei que conseguiria chegar lá. Nos desfiles eu ficava sempre em ala ou em cima do carro alegórico", diz a carioca.
A mangueirense revela que foi abraçada pela escola e que o público pode esperar muita empolgação.
"A escola foi super receptiva comigo, desde o ritmista até a Velha Guarda. O público vai ver muito samba no pé e carisma", avisa.
A Estação Primeira de Mangueira vai desfilar com o samba-enredo "História pra Ninar Gente Grande", que reconta a História do Brasil e homenageia a vereadora Marielle Franco, assassinada há dez meses. A agremiação está prevista para entrar na Sapucaí às 2h40 de terça-feira de Carnaval.
