Rede Petz deixa de vender filhotes após canil ser fechado por maus-tratos

Rede Petz deixa de vender filhotes após canil ser fechado por maus-tratos

Com 82 lojas pelo país, a rede de pet shops Petz anunciou nesta quarta (20) que deixará de vender filhotes de cães e gatos. A medida vem após o fechamento na semana passada de um canil clandestino em Piedade, no interior de São Paulo, que tinha a empresa como cliente. Foram tirados de lá mais de 1700 cachorros, em situação de sujeira e maus-tratos.

O canil, que abrigava mais de 1.700 animais de raça - centenas deles em más condições de saúde -, tinha entre seus clientes a rede de lojas. A denúncia de maus-tratos no canil foi confirmada pela Polícia Ambiental e ONGs que estiveram no local.

"O grupo Petz decidiu não vender mais filhotes em suas 82 lojas em todo o país. A partir de agora, a rede de pet shops só terá cães e gatos para adoção em parceria com ONGs do projeto Adote Petz", diz a nota da assessoria de imprensa.

Segundo a rede, o espaço que antes tinha filhotes de raça será destinado a ONGs e protetores para promover eventos de adoção.

O presidente da rede de lojas afirmou que a denúncia de maus-tratos abalou a empresa, mas que o processo de aquisição de animais era 99% seguro. “Isso nos abalou muito. Ao nos perguntarmos sobre a possibilidade desse tipo de episódio vir a se repetir, chegamos à conclusão que o nosso processo era 99% seguro. Ocorre que 99% não são 100%. E se há a menor possibilidade de isso acontecer de novo, então não serve", diz Sergio Zimerman.

A assessoria informou ainda que os animais que já estão à venda nas lojas não serão recolhidos, mas o dinheiro obtido com a comercialização deles será revertido para ONGs de proteção animal.

O caso

O canil que praticava maus-tratos funcionava clandestinamente, com instalações inadequadas, falta de higiene e organização. Após denúncias anônimas, a Polícia Militar Ambiental foi até o local para averiguação.

Além de cães cegos, sem dentes e doentes, a polícia também encontrou um local de incineração de animais que também era irregular, já que o canil não tinha autorização para fazer cremação.

A retirada de animais do canil, que começou na quarta-feira, só terminou no domingo (20). A maioria dos animais ficou sob os cuidados do Instituto Luisa Mell, que recebeu um termo de doação dos cães da proprietária do canil, Nena Miyazaki Kubaiassi.

Segundo a Polícia Ambiental, a dona do canil pode ser multada em R$ 3 mil por cada animal que apresentar sinais de maus-tratos. Ainda de acordo com a corporação, em 2018 foram registradas mais de 4,6 mil denúncias de maus-tratos em canis em todo o Estado.

Via: G1

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