Mulher cria 31 gatos em Várzea Paulista

Mulher cria 31 gatos em Várzea Paulista

A moradora de Várzea Paulista (SP), Leticia B., de 27 anos, tem 31 gatos em casa adotados por ela, a irmã Tânia B. e o cunhado, que resgataram os animais doentes e em situação de risco das ruas.

 

A paixão pelos animais surgiu em Espírito Santo do Pinhal (SP), quando Leticia tinha 4 anos de idade e seu pai adotou o primeiro cachorro da família: o xodó Cacique, que tinha sido abandonado pelos seus antigos donos em um sítio.

Tempos depois, a família se mudou para Várzea Paulista e trouxe o cachorro junto. Sua irmã começou a namorar o seu cunhado e ali teve o primeiro contato com gatos. “Eu fiquei doente porque queria um gato e meu pai procurou na época, mas não achou nenhum. Não pensamos em comprar, pois somos contra”.

Em uma ida até sua cidade natal, o pai dela adotou uma gata e depois dela veio outra, a Natasha, que morreu aos 17 anos em 2016. A partir do segundo animal, começaram a aparecer outros e sua família nunca negou ajuda a eles.

“Fiz uma viagem e voltei com um gato abandonado, não consigo ver eles sofrendo”, conta a professora.

Seu cunhado resgatava bastantes animais da rua, a maioria gatos. Alguns deles a família conseguiu doar, mas os adultos ficaram e acabaram fazendo parte da rotina da casa. “As pessoas não gostam de adotar um animal adulto e sem raça, tanto que em abrigos tem animais que passam a vida toda lá esperando um tutor”, relata.

Custos e responsabilidades

Após a morte do cunhado, Leticia e Tânia tiveram de retirar os animais da chácara e levar para casa. Os custos ficam por conta de sua irmã, mas a jovem também ajuda com remédios e outros cuidados.

Além disso, a professora conta com ajuda de seus pais que, antes, não se importavam com os animais. “Todos nos ajudamos, meus pais levaram os cachorros da Tânia para morar com eles em Pinhais”, explica.

‘Gatil’

A casa de Leticia conta com um ‘gatil’ onde ficam 30 gatos. Uma gata fica dentro da casa, já que não foi aceita pelos outros animais quando da sua chegada. A professora ainda ressalta que esses gatos não estão para doação. Eles são da família e permanecerão com ela.

Ainda de acordo com a jovem, não é incomum encontrar animais abandonados e em condições precárias. Ela opta por cuidar e os coloca para adoção, já que sua casa está no limite de espaço com os 31 animais.

“As pessoas acham que só os protetores podem fazer alguma coisa, mas qualquer pessoa pode ajudar a salvar um animal e aliviar o sofrimento desses seres tão indefesos”, finaliza.

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