Morador de Jundiaí escala vulcão ativo no meio do Deserto do Atacama

Morador de Jundiaí escala vulcão ativo no meio do Deserto do Atacama

5.592 metros, 3 horas e meia de subida, respiração acelerada e uma beleza indescritível: essa é apenas uma parte da experiência vivida pelo morador de Jundiaí Adriano Lacerda, 41 anos, que escalou o Lascar, vulcão ativo no meio do deserto do Atacama, no Chile.

O sonho de viver essa aventura começou há cinco anos, quando ele ficou sabendo que o Atacama é o deserto mais alto e árido do mundo.

“Fiquei curioso para conhecer esse lugar onde, apesar de seco, existe vida, existe vegetação. Eu tinha que ver com os meus próprios olhos e sentir como é estar ali”, conta.

Para que o desafio fosse cumprido com sucesso, foi preciso muita dedicação e treino. Adriano conta que, costumeiramente, já faz trekking aos finais de semana nas serras que contornam a região e exercícios físicos três vezes por semana.

Três meses antes da viagem ele intensificou os treinos, passando de três para seis vezes na semana. “Nada se compara o que é estar lá. O corpo precisa estar aclimatado”, relata.

Como parte da adaptação, Adriano passou quatro dias na Bolívia e sete dias no Atacama. A subida ao vulcão Lascar foi o último desafio concluído. “Eu já estava com o corpo totalmente aclimatado com a altitude e as baixas temperaturas, que chegam a -6º C”.

Questionado pelo Tribuna de Jundiaí sobre o que o levou a entrar nessa aventura, a resposta de Adriano foi certeira: “alcançar o topo mais alto da minha vida toda”.

A subida

Adriano viajou acompanhado por Fernanda, sua amiga de trabalho. Porém, a subida ao Lascar ele fez sozinho.
Durante o percurso, Adriano conta que mastigou muita folha de coca com goma de mascar para ajudar na respiração.

Na véspera da subida ele tomou alguns cuidados para que nada prejudicasse seu desafio. “Nada de álcool, laticínios, carne vermelha e coisas que interferem no desemprenho muscular e no ‘conforto’ da subida”, contou.

Caça ao Tesouro

Perguntamos ao Adriano qual a sensação após chegar no ponto mais alto do vulcão e ele contou que o sentimento foi de muita gratidão por tudo.

“Pela minha vida, minha família, amigos que me apoiaram. Ao chegar na cratera, eu chorei por alguns minutos. A energia do lugar é intensa, a adrenalina é alta e a beleza, indescritível”.

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Ele diz ainda que se sentiu pequeno no mundo ao ouvir o ronco do vulcão, que apesar de assustador, fez ele brindar à saúde, aplaudir os amigos e se sentir capaz.

“Cantei uma música do Jota Quest que eu amo, ‘Dias Melhores’, como se estivesse no maior palco do mundo, melhor na dor e melhor no amor”, diz.

Adriano contou que entre os montanhistas, existe uma brincadeira de “caça ao tesouro” e para não deixar passar em branco, ele também levou seu tesouro para que alguém o encontre.

“Eu levei um funko da Daenerys, de Game Of Thrones, com uma cartinha com os meus dados e conta do Instagram e Twitter. Assim, se a pessoa achar, ela pode me procurar”.

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