O torresmo é um dos petiscos que mais resume Minas Gerais. Com muita pele, gordura e pouquíssima carne justamente para ensebar os dedos, o torresmo alcança outros patamares na Mercearia 130, estabelecimento de Belo Horizonte que criou um novo nome para a iguaria: o Picolé Mineiro.
É preciso esclarecer que o termo não é uma gíria para qualquer torresmo e foi criado no estabelecimento em 2012. Um dos proprietários, Marco Lucchese, explica que o batismo aconteceu por conta de um detalhe.
Em vez de usar a barriga do porco, o Picolé Mineiro é feito de costelinha, uma carne mais magra, ou seja, com menos gordura. O trunfo é o ossinho que é deixado propositalmente para o cliente pegar com a mão, como um palito de picolé. “Uma cliente sempre pedia e quando pegou com a mão brincou que era um picolé e assim batizamos o nome do petisco na hora mesmo”, relembra.
Para fazer o autêntico Picolé Mineiro, Lucchese explica que a costelinha é assada no forno e a carne é confitada – o que confere textura macia. Já a pele fica desidratada fazendo jus à pururuca crocante.
“Percebo que o nome ‘Picolé Mineiro’ tem sido copiado de forma equivocada. Já vi gente pegando o torresmo de barriga e enfiando um palito de madeira e chamando ele de picolé”, reclama o dono.
Fonte: Gazeta do Povo