Único deputado de Jundiaí eleito busca identidade com a cidade

Único deputado de Jundiaí eleito busca identidade com a cidade

Alexandre Pereira, 38 anos, do partido Solidariedade, foi o único político da região de Jundiaí eleito neste ano. Formado em administração, Alexandre atuou como superintendente do Incra de São Paulo por quase 2 anos.

Alexandre mora há 20 anos em Jundiaí. É casado e tem 2 filhos. Com 98,28% das urnas apuradas, ele computa 48.969 votos. Porém, apenas 2.572 votos são da cidade. Alexandre recebe apoio do pai, o conhecido político "Paulinho da Força".

Qual a sua história e ligação com a cidade de Jundiaí?

Moro há mais de 20 anos em Jundiaí. Essa foi a segunda eleição que concorri para deputado estadual. Em 2015, cheguei a assumir por sete meses uma cadeira na Assembleia Legislativa, depois houve recontagem de votos, e perdi a vaga. Mas, nesse tempo, trabalhei para conseguir recursos para o Grendacc, Apae e para a reforma da quadra poliesportiva da Escola Estadual Padre Maurílio Tomanik, no bairro Cecap.

Também intermediei para trazer melhorias para Várzea Paulista, asfalto e recinto do OrquiVárzea, entre outras. Em toda a minha campanha, visitei vários bairros de Jundiaí para conhecer ainda mais as necessidades e prioridades, e desta forma que quero atuar.

Como foi para você saber que foi o único candidato da região de Jundiaí eleito?

Reconheço a responsabilidade e o comprometimento com Jundiaí e Região. Temos que admitir que, perdemos com a falta de representantes da nossa região. Há o risco de perder verba. Apesar de a minha responsabilidade ser maior, estou preparado para assumir esse papel: de ser o porta-voz de Jundiaí e Região na Assembleia Legislativa.

Você acredita que a influência do seu pai, Paulinho da Força, e da história de vocês à frente da criação do partido Solidariedade, foi determinante no resultado da votação?

O Partido Solidariedade foi fundado pelo Paulinho, mas o partido não influenciou em nada na minha eleição. Até porque sou novo na Política. Acredito que o eleitor, atualmente, está mais preocupado em conhecer os candidatos, suas propostas e seu trabalho.

Tenho uma linha de trabalho bem diferente da do meu pai. Ele tem um histórico de metalúrgico e sindicalista. Já eu, sou formado em Administração de Empresas, tive meu próprio negócio. Também atuei como superintendente do Incra em São Paulo, por ter experiência como agricultor. Sempre fui engajado em ações sociais. E quero manter esse trabalho e outros na Assembleia Legislativa.

A eleição de candidatos da região é importante, uma vez que ele conhece e pode intermediar recursos que são necessários para a cidade. Quais são as principais necessidades de Jundiaí e de cidades da região e o que fazer para saná-las?

Como fiz em toda a minha campanha, continuarei visitando as cidades, ouvindo as pessoas, e assim, conhecendo as prioridades de cada município, para representar as cidades da Aglomeração Urbana de Jundiaí, onde moram cerca de 800 mil habitantes, sendo que, só em Jundiaí são quase 415 mil pessoas.

A Região é muito importante para o Estado de São Paulo. Tem potencial para crescer ainda mais economicamente, e se desenvolver, oferecendo mais empregos, renda, e qualidade de vida para os seus moradores. Mas, para isso, precisa de muita atenção. É necessário investir em serviços essenciais, como Saúde, Educação, Mobilidade e Segurança. Muita gente mora em Jundiaí e trabalha ou estuda em cidades vizinhas ou vice-versa; por isso, é preciso buscar investimentos em transportes públicos intermunicipais, por exemplo.

Além disso, temos três hospitais em Jundiaí que são referências, no sistema público de saúde, para dezenas de cidades. Esses hospitais precisam de uma maior atenção do Estado trazendo melhorias na infraestrutura, equipamentos e aumentar a quantidade de leitos.

O Hospital Regional, por exemplo, precisa fazer cirurgias de alta complexidade para desafogar o Hospital São Vicente. Na questão da Segurança, temos que aumentar o efetivo e dar condições para que esses profissionais trabalhem. Como a região tem potencial econômico, temos que fomentar os cursos profissionalizantes.

Outra preocupação é com a assistência e serviços sociais. São várias instituições, entre elas, a Apae que desenvolve atendimento e acompanhamento importantíssimos para muitas famílias.

Já o Grendacc é referência para atender crianças com câncer. A luta pela manutenção e ampliação desses serviços precisa ser reforçada.

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