Seis a cada dez brasileiros apoiam o Hino Nacional nas escolas, aponta pesquisa

Seis a cada dez brasileiros apoiam o Hino Nacional nas escolas, aponta pesquisa

Apesar do Ministério da Educação (MEC) ter voltado atrás no pedido que as escolas filmassem crianças cantando o Hino Nacional, grande parte da população apoia a ideia. Foi o que mostrou pesquisa realizada no auge da polêmica do hino, entre os dias 25 e 28 de fevereiro, quando 62,4% dos entrevistados disseram concordar com a medida.

 

O levantamento foi realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas, com 2.206 pessoas, com 16 anos ou mais, em 162 cidades em 26 estados, com margem estimada de erro de 2%. Do total, 950 das entrevistas foram realizadas no Sudeste; 596, no Nordeste; 322, no Norte e Centro-Oeste; e 328 no Sul.

Durante a pesquisa, os entrevistadores também mencionaram em uma pergunta o pedido do ministro que as crianças repetissem um slogan com menções políticas. Nessa questão, 43,8% dos entrevistados disseram concordar “totalmente com a iniciativa de cantar o hino e com as menções políticas”; 38,6% aprovaram apenas “a iniciativa de cantar o hino, mas não “as menções políticas”, 14,8% discordaram completamente da iniciativa e 2,7% não souberam opinar ou não quiseram responder.

Para 82, 7% das pessoas consultadas também “falta mais orientação cívica nas escolas”.

A polêmica surgiu no dia 25 de fevereiro, o MEC enviou a todas as escolas públicas e privadas do país um e-mail pedindo para que as crianças fossem colocadas em fila diante da bandeira do Brasil para cantar o Hino Nacional. O órgão ainda solicitou que os diretores filmassem o ato e lessem no final uma carta do ministro Ricardo Vélez Rodriguez na qual ele citava o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro, “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”.

A solicitação foi criticada por fomentar que as crianças repetissem uma frase política. A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do MPF chegou a exigir que o ministro apresentasse justificativa para a carta enviada às escolas. O ofício citava o desrespeito a 17 preconceitos constitucionais e legais.

No dia seguinte, 26 de fevereiro, o MEC reconheceu o erro e enviou uma nova carta às escolas, retirando a frase polêmica. Em 27 de fevereiro, ainda sob críticas, o ministro fez um novo recuo e desistiu de pedir que diretores de escolas gravassem o hino.

Fonte: Gazeta do Povo

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