Taxa de 'bom e ótimo' do governo Bolsonaro cai 15 pontos desde janeiro

Taxa de 'bom e ótimo' do governo Bolsonaro cai 15 pontos desde janeiro

O Ibope divulgou pesquisa sobre avaliação da população perante o novo Governo e constatou que, entre fevereiro e março, a parcela da população que considera o governo Jair Bolsonaro ótimo ou bom caiu de 39% para 34%.

Desde o início do mandato, em janeiro, esse número caiu de 49% para 34%, a pior avaliação de um presidente em primeiro mandado feita em março pelo Ibope, em relação à presidentes anteriores.

Já os que veem o governo como ruim ou péssimo subiram de 19% para 24% nos últimos 30 dias. Desde janeiro, essa taxa mais do que dobrou (de 11% para 24%). A parcela que acha o governo regular também está aumentando: de 26% em janeiro foi a 30% em feveireiro e, agora, chegou a 34%.

O Ibope também perguntou aos entrevistados se aprovam ou desaprovam o governo – pergunta que não dá margem a uma resposta neutra, como a avaliação regular. Nesse caso, a taxa de aprovação ainda alcança a maioria absoluta da população, mas está em tendência de queda.

Em janeiro, 67% aprovavam o governo. No mês seguinte, o resultado foi 57%. Agora, chegou a 51%. Já a desaprovação, no mesmo período, foi de 21%, 31% e 38%, respectivamente.

A série de três pesquisas Ibope revela ainda uma queda acentuada na confiança no presidente. Em janeiro, 62% afirmavam confiar em Bolsonaro. A taxa caiu para 55% em fevereiro e, agora, para 49%.

Pior avaliação em primeiro mandato

A avaliação do governo de Jair Bolsonaro é a pior de um presidente em primeiro mandato em pesquisa feita no mês de março, segundo o Ibope.

Os únicos governos que tiveram avaliação boa ou ótima menor em seu terceiro mês foram Fernando Henrique Cardoso (22%) e Dilma Rousseff (12%), ambos no segundo mandato.

O porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, minimizou a redução na confiança dos brasileiros em relação ao presidente Jair Bolsonaro, que caiu 13 pontos porcentuais desde janeiro, segundo Ibope Inteligência divulgada quarta-feira, 20. Para Rêgo Barros, pesquisas são "fotografias de momento" e é natural o presidente enfrentar certa instabilidade para dar sequência ao seu projeto.

"Nós vamos analisar. Não obstante, pesquisas são fotografias de momento, e como são fotografias de momento, apenas nesse momento nós devemos qualificá-la. Nosso presidente tem um projeto, nosso presidente tem um pensamento claro, e eventualmente precisa enfrentar algumas vicissitudes para avançar e tornar o nosso país, tenho dito sempre isso, o país do presente, não mais o país do futuro", disse o porta-voz.

Com informações do Estadão.

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