Grendacc abre atendimento para cardiologia pediátrica especializada em arritmia cardíaca

Grendacc abre atendimento para cardiologia pediátrica especializada em arritmia cardíaca

Você já ouviu falar em arritmia cardíaca na infância ou na adolescência? Embora seja de difícil diagnóstico, o quadro não é tão raro quanto se pode pensar e necessita de acompanhamento médico rigoroso.

O profissional responsável pelos cuidados médicos com tais pacientes é o cardiologista e ritmologista pediátrico - uma das mais novas especialidades oferecidas aos pacientes do Hospital da Criança do Grendacc (Grupo em Defesa da Criança com Câncer). 

Segundo explica a ritmologista pediátrica e cardiologista Carolina Morasco Geraldini Porto, a especialidade é raramente encontrada, inclusive em Jundiaí, sendo assim mais um dos diferenciais oferecidos pelo Hospital da Criança. “Aqui, além da cardiologia geral, fico responsável por pacientes com arritmia pediátrica, desde os neonatais até os adolescentes, já tendo feito vários diagnósticos”, explica a médica.

De acordo com a dra. Carolina, são muitos os tipos de arritmias na infância e adolescência, sendo que algumas delas são curáveis, enquanto outras são passíveis de controle. Podem ocorrer em corações estruturalmente normais ou em corações com malformações congênitas. 

As mais comuns são diagnosticadas logo que a criança começa a falar. "Nessa idade temos um paciente que relata um mal-estar, diz que sente dor no coração ou que bate rápido demais. Nesse momento, exames simples como Eletrocardiograma e Holter 24 horas são capazes de identificar as chamadas taqui ou bradiarritmias (frequência cardíaca elevada e reduzida, respectivamente)", diz. 

Dentre as mais comuns na faixa etária de zero a 12 anos de idade, estão as taquicardias por reentrada atrioventricular e as taquicardias atriais. Nos adolescentes, as taquicardias por reentrada nodal são as mais frequentes, como em adultos. Todas têm tratamento, controle e até mesmo a cura. 

O tratamento se faz por via medicamentosa. No entanto, em algumas situações se faz necessário um exame chamado Estudo Eletrofisiológico para confirmação diagnóstica e tratamento via ablação - um cateterismo através do qual a arritmia intracardíaca é mapeada e, por meio de uma energia chamada radiofrequência, o local exato é "queimado", eliminando a mesma. Geralmente ele é realizado em crianças acima de 15 Kg e, com segurança, acima de 30 Kg. 

Já as canalopatias são mais raras e com risco de morte súbita. O diagnóstico pode ser feito desde o período neonatal até na adolescência. O tipo mais conhecido de canalopatia é o chamado QT longo. E, novamente, é importante lembrar que todos os casos precisam de acompanhamento e tratamento médico.

“Nas canalopatias, embora não haja cura, há o controle, com qualidade de vida”, reforça a médica. Quando necessário, existe inclusive o cardiodesfibrilador implantável (CDI), que reduz consideravelmente os riscos de morte súbita.

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