A meningite voltou a ser falada após a morte do neto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Arthur Lula da Silva, de 7 anos, que foi vítima de meningite meningocócica. Arthur era filho de Marlene Araújo Lula da Silva e Sandro Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente.
A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por diversos fatores infecciosos, ou por processos não infecciosos como, por exemplo: medicamentos e neoplasias.
A meningite meningocócica (Neisseria meningitidis) é bacteriana, ou seja, pode ser causada por diferentes agentes etiológicos, como bactérias, vírus e parasitas. Além de ser considerada como uma das formas mais grave da doença.
No Brasil, foram registradas 1.072 ocorrências de meningite meningocócica e 218 mortes. Em 2017, no mesmo período foram 1.138 e 266 mortes. Junto com as meningites causadas por outras bactérias esse número sobe para 2.687 e 399 óbitos em 2017, e 2.568 e 316 em 2018, segundo dados do Ministério da Saúde.
Quais são os sintomas?
Os sintomas da meningite bacteriana incluem início súbito de febre, dor de cabeça e rigidez do pescoço. Mas, em vários casos existem outros sintomas, como:
- Mal estar;
- Náusea;
- Vômito;
- Fotofobia (aumento da sensibilidade à luz);
- Status mental alterado (confusão).
Além disso, com passar do tempo, alguns sintomas mais graves da meningite bacteriana podem aparecer, como: convulsões, delírio, tremores e coma.
Na septicemia meningocócica (também conhecida como meningococemia) que é uma infecção na corrente sanguínea causada pela bactéria Neisseria meningitidis, além dos sintomas descritos acima, podem aparecer outros como:
- Fadiga;
- Mãos e pés frios;
- Calafrios;
- Dores severas ou dores nos músculos, articulações, peito ou abdômen (barriga);
- Respiração rápida;
- Diarréia;
- Manchas vermelhas pelo corpo.
Em recém-nascidos e bebês, alguns dos quadros sintomáticos descritos acima podem estar ausentes ou difíceis de serem percebidos. O bebê pode ficar irritado, vomitar, alimentar-se mal ou parecer letargico ou irresponsivo a estímulos. Também podem apresentar a fontanela (moleira) protuberante ou reflexos anormais.
Como é transmitida?
A meningite bacteriana é causada por bactérias que se espalham de uma pessoa para outra por meio das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. Já outras bactérias se espalham por meio dos alimentos, como é o caso da Listeria monocytogenes e da Escherichia coli.
Além disso, existem pessoas que transportam essas bactérias dentro ou sobre seus corpos sem adoecer. Esse grupo é conhecido como “portadores”, a maioria pode espalhar as bactérias para outras pessoas.
Qual é o tratamento?
A meningite bacteriana pode ser tratada com antibióticos em ambiente hospitalar, ou seja, em internação, com drogas prescritas pelos médicos.
Como prevenir a doença?
A meningite pode ser evitada com algumas medidas de prevenção primária, como a vacinação. As vacinas disponíveis no calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de Imunização são:
- Vacina meningocócica conjugada sorogrupo C: protege contra a Doença Meningocócica causada pelo sorogrupo C;
- Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite.
- Pentavalente: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo b, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B.
- BCG: protege contra as formas graves da tuberculose.
Clique aqui para consultar o calendário de vacina.
Com informações do portal do Ministério da Saúde.