Comandante do Grupamento de Bombeiros Civis orienta como agir em caso de engasgamento

Comandante do Grupamento de Bombeiros Civis orienta como agir em caso de engasgamento

Recentemente, um vídeo de dois policiais militares que salvaram um bebê de apenas 21 dias que estava engasgado com leite, em Marília (SP), viralizou na internet. As imagens de segurança mostram o casal Osvaldo e Kelly Zavanelli desesperado em busca de salvar o filho.

 

Para saber como reagir e socorrer bebês nesta situação, o Tribuna de Jundiaí conversou com o comandante do Grupamento de Bombeiros Civis Voluntários de Várzea Paulista, Cristiano Vargas, que além de atender ocorrências assim, já passou pela situação em casa.

O bombeiro contou que seu filho se engasgou quando tinha seis meses de vida. Ele também ressaltou que o nervosismo é difícil de ser controlado nessas situações, mas que a calma pode ser imprescindível para prestar os procedimentos corretos.

Ao analisar o vídeo, o comandante faz um alerta sobre o procedimento de sugar boca e narina de criança: a técnica auxilia na obstrução das vias respiratórias, no entanto, é anti-higiênica. “Já salvou várias vidas, mas não é o recomendável”.

Para esses casos, em crianças menores de sete anos, ele sugere colocar a criança no antebraço e bater nas costas para que o alimento saia das vias respiratorias e a Reanimação Cardiopulmonar (RCP), que você confere a seguir:

A jundiaiense Sophia, de 10 anos, também passou por uma situação semelhante ao vídeo do recém-nascido de Marília. Ela se engasgou com o leite quando tinha apenas 12 dias de vida.

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Sophia com 1 mês de vida à esquerda, ela com 10 anos à direita/ Foto: Arquivo Pessoal/ Ana Claudia

A mãe de Sophia, Ana Claudia Santos, de 31 anos, conta que quando a criança se engasgou ela tentou realizar os procedimentos, mas não obteve resultado por conta do nervosismo.

“Ficamos desesperados e saímos na rua para buscar ajuda”, recorda a mãe.

A criança recebeu ajuda de um vizinho que realizou o mesmo procedimento do bebê de Marília. “Meu vizinho tinha um curso e salvou ela. Ele foi um anjo enviado por Deus”.

Ana Cláudia ainda ressalta que o desespero é o maio inimigo nessas horas, o que torna ainda mais difícil realizar o procedimento correto, confirmando o que o comandante Vargas já havia alertado.

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